quinta-feira, 19 de abril de 2012
MALDOSOS
Sinto minha sombra cativa
Ao sol ameaçado pela noite.
Tenho a pele ferida,
Contorcida pelo açoite.
Doem meus ossos.
Numa terra prometida,
Num deserto sem saída,
Então, choro
Por saber que foi mentira
De velhos teimosos.
Calcinado pelo tempo,
Relegado ao esquecimento
De quem gosto.
Acredito em palavras
Que dizem ter a alma
Que sentir remorsos.
Tristes moços
De cabeças decepadas
Pelas tradições lendárias
De seus ancestrais
Maldosos.
PERVERTIDO
Morro
A
cada instante de orgasmo.
Abro
Meus
braços tal um sacrifício.
Entrego-me
ao vício
De
um deus pagão
E
ao coração,
Eu
faço prece.
O
amor aquece
Minha
carne
Enquanto
em fogo, arde
A
minha alma
Condenada
ao inferno
Do
meu sexo
Pervertido.
VERDADEIRA INTIMIDADE
Eu
não suporto
O
cinismo humano
Na
sua filantropia,
Na
sua caridade,
Na
falsidade
De
um ingênuo plano
De
plena liberdade.
Nessa
necessidade de querer ser visto,
De
ser benquisto
Enquanto
pratica maldade
Com
o seu próximo,
Que
quanto mais próximo,
Mais
coloca em risco,
Sua
verdadeira
Intimidade.
sexta-feira, 13 de abril de 2012
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