Meus pés, sob a água
que escorre pelas pedras,
se consomem me levando
em lágrimas, sangue e suor,
por eu ser predominantemente H2O.
E no mais profundo do que sou,
mergulho em mim.
Agora sou moléculas de água.
Integralizo-me à fonte,
desço do monte
e reflito a imagem da ponte
que sobre mim, estática,
sustenta as pessoas que me olham
e não me percebem.
Não sou outro.
Não sou morto.
Não me encontro só.
Sou universalmente
H2O.