domingo, 26 de junho de 2011

DESCOBERTA

Não há ninguém em casa,
e a porta escancarada
me convida a entrar.
Meus passos são suaves
como o perfume que exala, o ambiente.
Meu coração descrente,
ainda procura
por vestígios dos que moram ali.
Quem sabe antes de partir
deixei alguém à espera.
Seria ela
no quadro pendurado?
Olhos que me deixam encantado,
Parecem-me descobrir.
Tento sair dali,
para fugir das lembranças
que me vêm ao pensamento.
Nesse exato momento,
não encontro minha face no espelho.
Então, eu sinto medo
ao descobrir que ainda existo.


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