sábado, 1 de outubro de 2011

BOQUIABERTO


Na cidade de minha morada, 
Sempre estou boquiaberto. 
As pessoas não levam a sério, 
As leis sancionadas. 
O pedestre confunde a calçada 
Com o meio da rua; 
Ainda usa e abusa 
Dessa prática arriscada. 
O semáforo já não vale nada, 
Sendo verde, vermelho ou amarelo 
É invenção descartada. 
O pedestre que morre na faixa 
É chamado de cego. 
Considera-se certo, 
O suborno ao guarda. 
Contramão se tornou mão usada. 
Proibido parada 
É onde para o esperto. 
Nesse trânsito caótico, o remédio 
É ser muito discreto 
E fingir não ter mérito, 
Nem vergonha na cara.

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