Por mais que eu me castre
Da
volúpia de minha carne,
Não
sou eu mesmo,
É
minha parte
Que
ainda arde
De
desejo.
Por
mais que meus apelos
Me
afastem
De
obscenidades,
Eu
anseio
Pela
promiscuidade
De
meus beijos.
Por
mais que eu mantenha em segredo
A
excitação que sei de cor,
Eu
continuo em mim,
Levianamente
só.
ESTERTORES DA TARDE
ResponderExcluirUm abissal oceano
De desejos
Inunda
O assoalho pélvico.
Um cardume de piranhas
Sequiosas
Acesas
Devoram os últimos pudores.
O balé das ancas
Escarnam a derme.
Uma sinfonia
De humores febrís
Sorvem
Os estertores da tarde
E dormem em silêncio.