sexta-feira, 12 de outubro de 2018

De vento em popa

Sua escolha parece ser boa;
Por que lhe pertence.
A minha por ser diferente,
Com certeza é tola.

Você quer o melhor para a gente.
Coitadinho de mim, um demente
Que fala à toa.

Do barco, você é a proa,
Pois está à frente.
Mas lembre que levo o leme,
Por eu ser a popa.

Sua voz comovente ecoa:
É Ele o Messias, me siga.

Aquele com o Rei na barriga?
O Rei que está sem roupa?

E você com a voz muito rouca,
Com o dedo em riste me julga,
Que eu sou um ateu imoral,
Que há escolha entre o homem sem culpa
E o cara do mal.

Eu não acho que uma pessoa
Deva seguir a outra
Que não vive a vida real.

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