segunda-feira, 2 de julho de 2012

AFOGADOS


Ela acorda cedo
Pra fugir do pesadelo
De ontem à noite.

Simplesmente apaixonou-se
Por um jovem marinheiro
Que a onda nunca trouxe.

O seu barco afundou-se
Nas profundezas do mar.
Com seu doce e meigo olhar,
Entre lágrimas, afogou-se.

Ela então, encaminhou-se
Para o velho cais.
Procurou até demais,
Lá por trás das docas.
Mas o porto não suporta
Os seus tristes ais
E até hoje, há sinais
De que ainda chora.

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